
Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço -
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não sei e sei-o bem.
Fernando Pessoa in Cancioneiro, 13/09/1933
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço -
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não sei e sei-o bem.
Fernando Pessoa in Cancioneiro, 13/09/1933
Sem comentários:
Enviar um comentário